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segunda-feira, 15 de abril de 2024

Muitos Parabéns Teddy!






Apesar do meu neto fazer 5 anos, este é o primeiro ano que os avós estão em Portugal no seu aniversário. Vantagem da reforma...





A festa de anos é no próximo sábado e o tema é o Hulk. 

Vão estar 30 meninos da escola mascarados e as primas e amigos, mas nesse dia os avós ficam em Lisboa...

O bolo que os avós encomendaram para apagarmos a vela hoje de manhã, antes da escola também era verde e inventaram um acento no nome do meu neto Theodore, chamado Theo ou Teddy...

Ontem, quando chegámos, estava um dia muito bonito e a piscina já tinha sido aberta no sábado. Apesar da água ainda estar muito fria os mais destemidos deram um mergulho....




Muitos Parabéns, querido neto!

2020

2021

2022

2023



sábado, 13 de abril de 2024

Ai a Bolacha Maria...



A bolacha Maria, que se usava antigamente para fazer papas a crianças esmagando-a, juntamente com banana e sumo de laranja está completamente banida pelos nutricionistas hoje em dia. Realmente era uma bomba calórica...

Com um nome bem português não foi criada em Portugal, mas sim em Inglaterra, pela empresa Peek Freans para comemorar o casamento  da Grã-Duquesa Maria Alexandrovna da Rússia com o Duque  de Edimburgo Alfredo de Saxe-Coburgo Gota, em 1874.



quinta-feira, 11 de abril de 2024

Museu da Cerâmica de Sacavém

 Lembram-se da loiça de Sacavém?

Quando vivia na Madeira, até 1976, a loiça de todos os dias era de Sacavém, o chamado cavalinho azul e branco. Esta marca secular fez parte do quotidiano de muitas famílias. Não é raro que em muitas casas ainda se conservem peças com a marca "Sacavém".


Nas duas taças com rosas, o motivo não está identificado.
O motivo Estátua ou Cavalinho tinha diversas cores: azul, rosa, verde e castanho... 


Motivo Chorão



Estas peças  têm a marca 11 (houve 15 marcas na história da faiança de Sacavém, que vão do ano da sua fundação-1850 a 1990).






A loiça de Sacavém foi muito influenciada pelos motivos ingleses. Este prato inglês é Royal Wessex, mas nota-se a semelhança ao "Chorão" da loiça de Sacavém.
A Fábrica de Loiça de Sacavém nasceu portuguesa. O seu fundador foi Manuel Joaquim Afonso, mas, ainda no século XIX,  pertenceu a três famílias inglesas: William John Howorth, que comprou a fábrica em 1862; Hannah Maria Ellicott e Sarah Scholfield; e James Gilman.

Em 1867, em Londres num relatório sobre manufaturas e comércio, apresentado na Câmara dos Comuns, referiu-se que Portugal já produzia imitações muito boas da cerâmica inglesa na Fábrica de Sacavém.


Este foi o único serviço de Sacavém que comprei. Já vivia em Lisboa e gostava muito de admirar a montra de uma loja de loiça na Av de Roma... Têm a última marca da fábrica.

O livro editado pela Câmara Municipal de Loures: Sacavém, a outra loiça (2019) escolheu  uma bonita Natureza Morta (1932) de Carlos Reis com baixela de Sacavém para a capa.



Hoje fui ao Museu da Cerâmica de Sacavém. Fica num edificio moderno inaugurado em 2000 no local da antiga fábrica e, em grande parte dos seus terrenos, que tiveram grande extensão, construiu-se uma urbanização com um ar muito acolhedor, rodeada de árvores.


O museu tem dois andares de exposição e ergue-se ao redor do grande forno com cerca de seis metros de diâmetro e doze de altura, construído na década de 40 do século passado. Este tipo de fornos foi muito comum em Inglaterra, desde o século XVIII até 1960, na zona de Staffordshire.
Funcionavam a lenha ou a carvão. O carvão para a fábrica de Loiça de Sacavém era adquirido em Glasgow, por ser mais barato do que em Portugal e era transportado por barco até ao cais do Trancão. O forneiro vestia-se com calças e uma saca  de sarapilheira molhada previamente e colocada nas costas para não sentir tanto o calor, quando entrava no forno, que demorava cerca de uma semana a cozer.

A Fábrica de Loiça de Sacavém produzia simultaneamente loiça de mesa, peças decorativas, loiça sanitária e hospitalar, assim como azulejos e mosaicos.








Azulejos retirados da sede do Diário de Lisboa com a figura do ardina e do jornal Sempre Fixe.


Aguarelas da Fábrica de Sacavém de 1932.

terça-feira, 9 de abril de 2024

João Abel Manta- LIVRE



Hoje fui ao Palácio Anjos em Algès ver a exposição de João Abel Manta: Livre

João Abel Manta tem 96 anos e na sua longa vida foi arquiteto, pintor, desenhador, ilustrador e cartoonista.

É o único filho dos pintores Abel Manta (1888-1982) e Clementina Carneiro de Moura (1898-1992).





Autoretrato de Clementina Carneiro de Moura com o filho, João Abel Manta, em 1930 (Wikipédia).



Preso pela Pide em 1948 (fez parte do MUD - movimento de unidade democrática- oposição à ditadura) no Forte de Caxias tornou-se um resistente contra o regime de Salazar.

Nesta exposição mostram-se alguns dos seus cartazes impressos durante o chamado PREC (1974-1975), assim como outras criações a ilustrar obras literárias e caricaturas divertidas.



Ilustração do livro de Aquilino Ribeiro Quando os Lobos Uivam (2008)


















Lembrei-me de ter lido todas as peças de Brecht para uma cadeira de Literatura Alemã na Faculdade. 





Quando estive em Gouveia há alguns anos o Museu Nacional de Arte Moderna Abel Manta naquela cidade no sopé da Serra da Estrela estava encerrado. Um dia destes tentarei visitá-lo de novo. 

Lembro-me de visitar uma galeria de arte perto do Instituto Britânico nos anos 90, que tinha um quadro fabuloso de Abel Manta (pai) sobre Lisboa e durante alguns anos dizia que se me saísse o totobola compraria essa obra. Antes conseguia visualizá-lo, agora só sei que era muito bonito e mostrava uma vista magnífica do Tejo com a sua ponte.